VOZES MULTICULTURAIS
"Ao inv・ de ser indicador da fal・cia da civiliza艫o ocidental, a literatura multicultural ?a afirma艫o do mais fundamental princ・io de uma democracia: dar a todas as pessoas uma voz igual. Cada voz ?v・ida e valiosa. E quanto mais abertos estivermos para ouvir essas vozes diversas, mais ricas e amplas ser・ as nossas vidas." Amy Ling, escritora/acad・ica sino-americana (falecida)
"Como escritor, venho tentando considerar de forma mais importante a minha vida como nativo americano que ?absolutamente relacionado com a terra e tudo o que isso significa cultural, pol・ica e pessoalmente. Nada ?separado de mim nesse sentido e estou inclu・o na terra e seus aspectos e detalhes." Simon J. Ortiz, poeta nativo americano de heran・ pueblo acoma
"Como escritor, voc?pode carregar o mundo dentro de si. Eu carrego um mapa de Kerala no meu cora艫o. Ando pelo Central Park [em Nova Iorque], vejo as ・vores e encontro inspira艫o para uma hist・ia ou poema passado em Kerala." Meena Alexander, poetisa, ensa・ta e romancista ・dia americana
"A literatura ?parte da cultura, a cultura ?esse local de encontro. Devemos ter aten艫o para o local de onde v・ as pessoas a fim de respeitar o fato de que elas t・ origens, pais e av・, que elas t・ m・ica, dan・, poesia. Existe grande prazer na diversidade." D.H. Melhem, poeta liban・ americano
"Se voc?examinar todo o meu trabalho,... essa comunidade, essa corrente que corre por todo ele ?esta necessidade de compreender de onde voc?veio para entender o que voc?deve ou como pode mover-se do presente para o futuro..." August Wilson, dramaturgo negro americano
"Mesmo quando sou elogiado, grande parte do tempo o que eles dizem e repetem ? "Oh, ?t・ americano!", como se isso necessitasse ser dito. Ainda tenho que argumentar, eu falo ingl・? Eu nunca poderia ter escrito a hist・ia t・ulo em Who's Irish?... at?que houvesse me estabelecido firmemente como escritor em ingl・. ?um problema cont・uo para os asi・ico-americanos, mas tamb・ tenho que dizer que ?interessante para mim, porque ?ali que a natureza interior se choca contra a sociedade. Somos todos teorias, somos todos converg・cias entre o que experimentamos e a forma como somos compreendidos." Gish Jen, romancista sino-americano
"Minha miss・, se o desejarem, ?a de fazer os norte-americanos entenderem que temos que trabalhar juntos para redefinir a cada segundo o que ?a cultura norte-americana e qual ?a heran・ total. Posso ser um escritor t・ americano escrevendo o tipo de material que fa・ como [Don] Delillo escrevendo seu ・timo romance sobre beisebol. Existem muitos americanos e isso est?sensibilizando as pessoas a nos aceitarem como parte do conjunto e n・ simplesmente como formas indistintas." Bharati Mukherjee, romancista indiano-americano
"Ao contar uma hist・ia utilizando palavras para cont?la, cada palavra sendo dita possui tamb・ uma hist・ia pr・ria. Muitas vezes os narradores entrar・ na hist・ia dessas palavras, criando uma estrutura elaborada de hist・ias dentro das hist・ias. Essa estrutura, que se torna muito aparente ao contar-se realmente uma hist・ia, forma parte da escrita e das hist・ias contempor・eas do pueblo, bem como das narrativas tradicionais. Esta perspectiva da narrativa (de hist・ias dentro da hist・ia, a id・a de que uma hist・ia ?somente o come・ de muitas hist・ias e o sentido de que as hist・ias na verdade nunca terminam) representa uma contribui艫o importante das culturas nativas americanas ?l・gua inglesa." Leslie Marmon Silko, escritora laguna pueblo (nativa americana) de fic艫o e poesia
"O idioma ?um combate entre os indiv・uos, um combate com a natureza individual. O idioma nos trai. Ele nem sempre faz o que queremos que ele fa・. Eu amo essa desordem. ?por isso que somos humanos." Anna Deavere Smith, dramaturga negra americana
"Meus poemas e hist・ias muitas vezes come・m com as vozes dos nossos vizinhos, a maioria deles mexicano-americanos, sempre criativas e surpreendentes. Nunca me canso de misturas." Naomi Shihab Nye, poeta ・abe-americano de origem palestina
"Minhas influ・cias ・ vezes s・ a linguagem da cerim・ia e da transforma艫o, outras vezes do conhecimento. Pesquiso meu trabalho e examino como traduzir uma diferente vis・ de mundo, uma forma diferente de conviver com este mundo. Tento concentrar-me na poesia contempor・ea, n・ somente norte-americana, mas tamb・ na tradu艫o e na de outros pa・es." Linda Hogan, poetisa nativa americana de heran・ chickasaw
"Para mim, a literatura multicultural ?uma fonte de vitalidade para a cultura norte-americana e para a l・gua inglesa. Sempre houve for・s marginais que ampliaram a corrente geral, ao longo da hist・ia da literatura norte-americana. Elas desenvolveram, floresceram e enriqueceram a literatura e o idioma. A diversidade ?sempre algo de bom. ?a fonte da vida e a riqueza e abund・cia de uma cultura." Ha Jin, romancista sino-americano, ganhador do Pr・io Nacional do Livro em 1999
"Toda a literatura, e certamente a literatura chicana, reflete, em seus aspectos mais formais, os mitos do povo e os escritos refletem as cren・s filos・icas subjacentes que formam a vis・ de mundo espec・ica de uma cultura... Na verdade, as mitologias das Am・icas s・ as ・icas mitologias de n・ todos, sejamos n・ rec・-chegados ou aqui residentes h?s・ulos." Rudolfo Anaya, romancista hispano-americano
"A corrente geral da literatura norte-americana est?sendo redefinida. N・ ?mais uma literatura 'do outro', ou das margens. Ela reflete cada vez mais quem n・ somos enquanto norte-americanos. As pessoas que escrevem nessa nova tradi艫o s・ muito privilegiadas, acredito, por estarem em interessantes fronteiras e cruzamentos de culturas. Elas s・ parte dela e tamb・ levemente fora dela. ?uma posi艫o, perspectiva e ・oca ・ica. Al・ disso, as fronteiras encontram-se onde estiver ocorrendo muita literatura interessante, onde as culturas se encontrem, onde diferentes idiomas lutem para acomodar-se entre si. E o ingl・ est?mudando por este motivo." Cristina Garcia, romancista cubano-americana
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