O QUE DIZEM AS PESQUISAS:
QUEST¡¦S PREOCUPANTES PARA OS ELEITORES
NORTE-AMERICANOS

Alvin Richman, Especialista S¡¦ior
em Pesquisas Escrit¡¦io de Pesquisas,
Departamento de Estado dos Estados Unidos

Thin blue rule



Como ?normal em tempos de paz, e na aus¡¦cia da Guerra Fria, o p¡¦lico norte-americano dedica atualmente prioridade maior ?resolução de problemas dom¡¦ticos dos Estados Unidos, especialmente sociais. Ao mesmo tempo, a maior parte dos norte-americanos segue apoiando o envolvimento ativo dos Estados Unidos no exterior, especialmente na redução das amea¡¦s das armas nucleares, terrorismo internacional e tr¡¦ico de drogas. O apoio ao envolvimento internacional ?fortalecido pela cren¡¦ por parte da maioria dos norte-americanos de que os Estados Unidos s¡¦ afetados ao menos parcialmente pelos conflitos e pelas crises econ¡¦icas e ambientais que t¡¦ lugar em outras partes do mundo.

QUEST¡¦S CONSIDERADAS MAIS IMPORTANTES
NA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

A condução da economia nacional e o tratamento de quest¡¦s sociais (especialmente, educação, sa¡¦e e previd¡¦cia social) s¡¦ considerados os principais crit¡¦ios na eleição presidencial. Cerca de 70 a 75% do p¡¦lico os considera muito importantes nas recentes pesquisas (ABC/Washington Post, quatro a seis de setembro; Gallup, 25 a 26 de julho). Uma segunda s¡¦ie de objetivos inclui a administração do or¡¦mento federal, pol¡¦ica de impostos, condução da criminalidade, manutenção da defesa nacional, proteção do meio ambiente e condução de assuntos externos (cerca de 55 a 65% os considera muito importantes). A condução do com¡¦cio externo, a quest¡¦ do aborto, a nomeação dos ju¡¦es da Corte Suprema e a reforma do financiamento de campanhas s¡¦ considerados crit¡¦ios menos importantes na eleição presidencial (cerca de 30 a 45% os considera muito importantes).

Os problemas mais importantes de pol¡¦ica externa

As pesquisas sobre quest¡¦s espec¡¦icas de pol¡¦ica externa t¡¦ sido escassas ao longo desta campanha eleitoral. No ano passado, o Centro de Pesquisa Pew (mar¡¦ de 1999) questionou a prioridade (de "n¡¦ priorit¡¦io" a "alta prioridade") que os Estados Unidos deveriam conceder ¡¦ diversas quest¡¦s de pol¡¦ica externa. No topo da lista estavam duas quest¡¦s de proliferação de armas nucleares (Cor¡¦a do Norte e ¡¦dia/Paquist¡¦) e a redução do terrorismo internacional e tr¡¦ico de drogas (cerca de 75% concederam "alta prioridade" a essas quest¡¦s). Cerca de 60% concederam alta prioridade ?proteção do meio ambiente global, manutenção de um sistema financeiro internacional est¡¦el, "expuls¡¦ da Saddam Hussein do Iraque" e monitoramento rigoroso "do desenvolvimento da China como pot¡¦cia mundial". Foram considerados de prioridade um pouco inferior a condução de quest¡¦s comerciais, promoção de direitos humanos em geral, t¡¦mino do conflito ¡¦nico nos B¡¦c¡¦ e a viabilização de um acordo de paz entre ¡¦abes e israelenses (cerca de 40% de "alta prioridade").

APOIO PARA O PAPEL ATIVO DOS ESTADOS UNIDOS
NO EXTERIOR SOBREVIVE AO FINAL DA GUERRA FRIA

Cerca de dois ter¡¦s do p¡¦lico norte-americano continuam a desejar que os Estados Unidos "tomem parte ativa" em assuntos mundiais (m¡¦ia de 65% em duas pesquisas do Gallup em 1999), ao inv¡¦ de "abster-se" de assuntos mundiais (31%). O apoio para um papel geralmente ativo dos Estados Unidos no exterior tem sido razoavelmente est¡¦el desde que come¡¦ram estas avaliações h?cerca de 50 anos, variando pouco entre baixas de cerca de 60% que desejam que os Estados Unidos "tomem parte ativa" em assuntos mundiais at?picos de cerca de 80% (imediatamente em seguida ?Guerra do Golfo P¡¦sico, por exemplo). O n¡¦el atual de apoio ?similar ao n¡¦el m¡¦io sobre esta quest¡¦ obtido em mais de quarenta pesquisas entre 1945 e 1998 (66%).

De forma similar, o Centro de Pesquisa Pew (em mar¡¦ de 1999) concluiu que, em m¡¦ia, 68% ap¡¦am uma posição internacionalista sobre tr¡¦ quest¡¦s, em comparação com uma m¡¦ia de 24% em favor de uma posição isolacionista (de n¡¦ envolvimento). Isto inclui uma maioria de 65-26% que concordaram com a afirmação: "Os Estados Unidos devem cooperar totalmente com as Nações Unidas". A an¡¦ise desta e de outras pesquisas indica que a maioria de dois ter¡¦s de norte-americanos que ap¡¦am um papel ativo e cooperativo dos Estados Unidos no exterior consiste de dois grupos: cerca de um ter¡¦ do p¡¦lico ap¡¦a um papel de lideran¡¦ relativamente agressivo, com os Estados Unidos sendo a mais ativa das nações l¡¦eres. Aproximadamente outro ter¡¦ prefere um papel mais limitado no exterior, com os Estados Unidos compartilhando mais ou menos igualmente a lideran¡¦ com outros pa¡¦es importantes.

As elites dos Estados Unidos ap¡¦am firmemente
o papel de lideran¡¦ ativa dos Estados Unidos

Virtualmente todos os l¡¦eres norte-americanos em diversas organizações privadas e governamentais nos ¡¦timos anos v¡¦ afirmando continuamente que ap¡¦am a participação ativa dos Estados Unidos em assuntos mundiais (cerca de 96% e 98% em seis pesquisas do Gallup para o Conselho de Relações Externas de Chicago entre 1978 e 1998). Outras pesquisas demonstraram que cerca de dois ter¡¦s das elites ap¡¦am um papel agressivo de lideran¡¦ dos Estados Unidos no exterior, com os Estados Unidos sendo a mais ativa entre as nações l¡¦eres, em comparação com cerca de um ter¡¦ do p¡¦lico que ap¡¦a este papel. As elites tamb¡¦ s¡¦ mais inclinadas que o p¡¦lico a apoiar ações unilaterais dos Estados Unidos em crises, quando os l¡¦eres julgam importante agir mas sem o apoio dos nossos aliados: 44% das elites norte-americanas ap¡¦am (contra 48% que se op¡¦m) ações unilaterais dos Estados Unidos, se necess¡¦io, em uma crise, em comparação com apenas 21% do p¡¦lico que ap¡¦am (contra 72% que se op¡¦m) ações unilaterais nesse caso (Gallup/Conselho de Chicago, 1998).

O apoio do p¡¦lico ?intervenção norte-americana no exterior tem sido geralmente maior quando as miss¡¦s foram descritas como sendo de natureza multilateral, e n¡¦ unilateral. A maior parte dos norte-americanos vem normalmente desejando utilizar as for¡¦s armadas norte-americanas unilateralmente para a defesa de interesses vitais dos Estados Unidos ou organizar ações humanit¡¦ias e anti-terrorismo de custo relativamente baixo. A maioria ap¡¦a o envolvimento norte-americano em miss¡¦s de manutenção de paz, mas normalmente tem exigido que estas fossem parte de um esfor¡¦ multilateral.

Como exemplo, 57% do p¡¦lico acreditou que os Estados Unidos, de forma geral, devam desejar "ser parte de uma for¡¦ internacional de manutenção da paz das Nações Unidas em partes do mundo com problemas", em comparação com 20% que afirmaram que "devemos deixar este trabalho para outros pa¡¦es". Uma minoria significativa (16%) afirmou que a participação dos Estados Unidos dever?"depender das circunst¡¦cias" (Gallup/Conselho de Chicago, 1998). O apoio a um envolvimento espec¡¦ico dos Estados Unidos dependeria de fatores situacionais espec¡¦icos (como, por exemplo, amea¡¦ percebida, import¡¦cia da regi¡¦ ou pa¡¦ amea¡¦do, expectativas de cumprimento da miss¡¦ com os meios dispon¡¦eis), bem como a reação geral em relação ao envolvimento internacional dos Estados Unidos.

Percepção de interdepend¡¦cia justifica
o apoio para papel ativo no exterior

Mais de quatro quintos do p¡¦lico acreditam que os Estados Unidos s¡¦ afetados grandemente (51%) ou pelo menos um pouco (36%) por "guerras e inquietações em outras partes do mundo", em comparação com apenas um em dez que acha que os Estados Unidos sofrem pouca ou nenhuma conseqüência de tais eventos. Quase o mesmo n¡¦ero de norte-americanos acredita que "pr¡¦icas ambientais" (46%) e "condições econ¡¦icas" (44%) em outros pa¡¦es t¡¦ muito impacto sobre os Estados Unidos (Instituto Aspen/Belden Associates, janeiro e fevereiro de 2000).

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