CRIANDO UM AMBIENTE DE PAZ, ESTABILIDADE E CONFIAN¡¦
William S. Cohen
Em outubro passado, presenciei uma das maiores e mais dram¡¦icas demonstrações de cooperação militar em tempo de paz no mundo. No Egito, aproximadamente 74.000 membros das for¡¦s armadas de 11 nações participaram da manobra bienal Estrela Brilhante, patrocinada pelos Estados Unidos. Vi um navio italiano descarregar um ve¡¦ulo de transporte de tropas brit¡¦ico, com apoio a¡¦eo americano, em um ataque anf¡¦io simulado do qual estavam participando tropas eg¡¦cias, francesas, gregas, holandesas e jordanianas, entre outras. O tamanho e a complexidade desse tipo de operação exige muito mais do que a capacidade de superar a barreira lingüística. ?preciso muito mais do que a capacidade de coordenar os movimentos das for¡¦s ou compartilhar e operar armamentos e equipamentos complexos. Na verdade, manobras como a Estrela Brilhante exigem que as for¡¦s dos pa¡¦es participantes -- desde os soldados na linha de frente at?os generais que comandam as tropas e os civis no cargo de ministro da Defesa -- desenvolvam uma compreens¡¦ dos planos dos seus aliados, das suas t¡¦icas e t¡¦nicas e do seu comportamento em situações estressantes no campo de batalha.
A recente vit¡¦ia da Operação For¡¦ Aliada [Operation Allied Force] no conflito do Kosovo ?uma prova tang¡¦el do valor do envolvimento entre as for¡¦s armadas de v¡¦ios pa¡¦es. Meio s¡¦ulo de treinamento e preparação, por parte das for¡¦s da OTAN, tornaram poss¡¦el, para a nossa alian¡¦, mobilizar e preparar, com velocidade e efici¡¦cia in¡¦itas, e executar, um plano de guerra vers¡¦il, preciso e devastador. Apesar dos esfor¡¦s no sentido de dividir nossa alian¡¦, nossas for¡¦s e nossos pa¡¦es mantiveram uma frente unida, e prevalecemos, de maneira convincente. Cinq¡¦nta anos de exerc¡¦ios conjuntos internacionais nos proporcionaram esses multiplicadores de for¡¦s -- uma for¡¦ de vontade compartilhada, uma tradição de di¡¦ogo franco e um grande compromisso com a cooperação -- que resultaram em uma vit¡¦ia da alian¡¦. O envolvimento militar da Am¡¦ica promove a estabilidade regional e co¡¦e a agress¡¦ e a coação, diariamente, em virtualmente todas as regi¡¦s do mundo. Para isto, o Departamento de Defesa utiliza uma s¡¦ie de recursos, incluindo: for¡¦s permanentemente baseadas no exterior; for¡¦s posicionadas no exterior, sendo continuamente substitu¡¦as; for¡¦s posicionadas temporariamente para exerc¡¦ios, treinamento conjunto ou interações entre for¡¦s armadas; e programas como cooperação em quest¡¦s de defesa, ajuda em quest¡¦s de seguran¡¦, International Military Education and Training [Treinamento e Formação Militar Internacional] (IMET) e cooperação internacional na ¡¦ea de armamentos. As nossas ações mais s¡¦ias e econ¡¦icas s¡¦ aquelas que criam um ambiente que estimula a paz, desestimula a viol¡¦cia e a instabilidade e inspira confian¡¦. Ao mesmo tempo, tamb¡¦ usamos recursos para ajudar a minimizar as amea¡¦s, neutralizar os fatores que levam ?instabilidade e diminuir a gravidade em potencial dos conflitos que podem surgir. Essas medidas preventivas incluem:
O desest¡¦ulo ¡¦ corridas armamentistas e ?proliferação de armas de destruição em massa, por meio do monitoramento e da garantia do cumprimento de acordos de controle de armamentos como o Nuclear Non-Proliferation Treaty [Tratado de N¡¦ Proliferação Nuclear] e o Missile Technology Control Regime [Regime de Controle de Tecnologia de M¡¦seis]; A prevenção e a dissuas¡¦ do terrorismo e a redução da vulnerabilidade dos Estados Unidos a atos de terrorismo por meio de esfor¡¦s do Departamento de Defesa no sentido de aperfei¡¦ar a capacidade de aquisição de informações e proteger a infra-estrutura cr¡¦ica; A redução da produção e do fluxo, para os Estados Unidos, de drogas ilegais, por meio do apoio do Departamento de Defesa ¡¦ for¡¦s conjuntas interdepartamentais do governo que operam ao longo das nossas costas e da nossa fronteira sul. Investimentos relativamente pequenos, por¡¦ feitos nos momentos adequados, em atividades espec¡¦icas como essas podem trazer enormes benef¡¦ios, freq¡¦ntemente diminuindo a necessidade de uma reação mais substancial e dispendiosa dos Estados Unidos, mais tarde. Finalmente, o envolvimento entre as for¡¦s armadas de v¡¦ios pa¡¦es tamb¡¦ serve como exemplo. No seu famoso discurso em West Point, o general Douglas MacArthur disse que "o soldado, acima de tudo, reza pela paz, porque ele deve sofrer e suportar os mais profundos ferimentos e cicatrizes da guerra". Queremos que nossos parceiros saibam que os Estados Unidos acreditam que ?necess¡¦io estar pronto para a guerra, por¡¦ nunca se deve estar ansioso para participar de uma guerra. Os Estados Unidos acreditam na resolução de disputas por meio da diplomacia e das instituições internacionais sempre que poss¡¦el. Os Estados Unidos acreditam que a transpar¡¦cia e o controle das for¡¦s armadas por civis contribuem para a estabilidade. Os Estados Unidos acreditam no uso de normas e regulamentos internacionais que encorajam a paz e a estabilidade, como a n¡¦-proliferação, a liberdade de navegação e o respeito pelos direitos humanos e pelo imp¡¦io da lei. Todos os americanos podem ter orgulho tanto do profissionalismo quanto da prontid¡¦ das nossas for¡¦s armadas. Os homens e mulheres das nossas for¡¦s armadas s¡¦, de fato, da melhor qualidade, e eu os considero os melhores embaixadores dos Estados Unidos. Eles mostram aos nossos inimigos que os Estados Unidos s¡¦ um inimigo poderoso e dominante. Eles mostram aos nossos amigos que os Estados Unidos s¡¦ um aliado forte e confi¡¦el.
Agenda de Pol¡¦ica Externa dos EUA
|