A INTERNET E A DIFUS・ DA DIPLOMACIA

Ensaio do Dr. Richard H. Solomon

Thin blue rule


Richard H. Solomon "Uma das formas mais profundas em que a Internet afeta a pol・ica externa dos Estados Unidos ?acelerando o processo de estrutura艫o pol・ica", afirma o Dr. Richard H. Solomon, presidente do Instituto Norte-Americano da Paz. Ao descrever o fen・eno da "difus・ da diplomacia", Solomon explica como a Internet "abriu as portas dos governos para novas audi・cias que n・ s・ limitadas por fronteiras geogr・icas tradicionais ou por outras barreiras f・icas para participarem ativamente" da cria艫o pol・ica. A seguir encontram-se as respostas de Solomon a quest・s apresentadas pela Agenda da Pol・ica Externa dos EUA.


Pergunta: De que forma o sr. determinaria o impacto da Internet - como for・ internacional - sobre o desenvolvimento da pol・ica externa dos Estados Unidos?

Solomon: Ao discutir o papel da Internet na formula艫o da pol・ica externa dos Estados Unidos, ?importante ter em mente que ainda estamos no est・io inicial da revolu艫o da informa艫o. N・ existem ainda informa苺es concretas para compreens・ completa do impacto que ter?a Internet sobre a pr・ica da diplomacia e, especificamente, sobre o desenvolvimento da pol・ica externa dos Estados Unidos. Dito isso, entretanto, o trabalho e a pesquisa resultantes dos cinco anos de Iniciativa da Diplomacia Virtual do Instituto aponta para algumas formas significativas em que a Internet est?afetando o processo de estrutura艫o da pol・ica externa e, portanto, a pol・ica externa dos Estados Unidos.

Uma das formas mais profundas em que a Internet afeta a pol・ica externa dos Estados Unidos ?atrav・ do aceleramento do processo de estrutura艫o pol・ica. As informa苺es sobre crises internacionais emergentes, que antes levavam horas ou dias para que os funcion・ios do governo e os meios de informa艫o os disseminassem, agora s・ transmitidas em tempo real para todo o mundo, n・ apenas atrav・ do r・io e da televis・, mas tamb・ atrav・ da Internet. Ironicamente, entretanto, para os estruturadores pol・icos, a dissemina艫o imediata de informa苺es sobre os eventos pr・imos e distantes est?provando ser uma faca de dois gumes.

?medida que a Internet aumentava e acelerava a fase de coleta de informa苺es para a estrutura艫o de pol・icas, o per・do de tempo dispon・el para os estruturadores pol・icos digerirem, analisarem e formularem cursos de a艫o potenciais foi proporcionalmente reduzido em rela艫o ?quantidade e ?rapidez da informa艫o dispon・el publicamente. No mundo conectado de hoje, os estruturadores pol・icos agora s・ muitas vezes chamados para tomar decis・s virtualmente instant・eas sobre crises internacionais freq・ntemente complicadas, que exigem manipula艫o delicada. Entretanto, conforme observado pelo vice-secret・io de Estado Thomas Pickering em uma confer・cia do Instituto no in・io deste ano, o excesso de informa苺es pode ser t・ prejudicial como sua falta - os estruturadores pol・icos devem estar sempre preparados para a rotatividade, defesa de id・as e "marketing" que muitas vezes acompanham grande parte das informa苺es encontradas na Internet.

Ao mesmo tempo, e com rela艫o ?profus・ de informa苺es e ao colapso do tempo de absor艫o, reflex・ e resposta, encontra-se o ajuste for・do dos estruturadores pol・icos ao efeito descentralizador da Internet sobre a formula艫o da pol・ica externa dos Estados Unidos - chamamos este fen・eno de "difus・ da diplomacia". A Internet abriu as portas dos governos para novas audi・cias que n・ s・ limitadas por fronteiras geogr・icas tradicionais ou por outras barreiras f・icas para participar ativamente do processo de estrutura艫o pol・ica. Cada vez mais vemos indiv・uos e grupos utilizando a Internet para formar comunidades virtuais que podem mobilizar, de forma f・il e eficiente, a苺es e defesas. Eles usam a Internet n・ apenas para coletar informa苺es, mas tamb・ para transmitir informa苺es de forma global e defender a苺es pol・icas espec・icas sobre qualquer assunto, desde o com・cio at?pol・icas de direitos humanos. ?seguro afirmar que o desafio de administra艫o, que pode ser melhor descrito atualmente como o "caos da informa艫o", provavelmente intimidar?os articuladores pol・icos nos Estados Unidos e ao redor do mundo nos pr・imos anos.

P: De que forma a Internet est?afetando a forma de condu艫o dos neg・ios dos articuladores de pol・ica externa dos Estados Unidos?

Solomon: Uma das grandes vantagens oferecidas pelas modernas tecnologias de comunica艫o, como a Internet, ?a maior flexibilidade oferecida aos seus usu・ios, sejam eles indiv・uos, organiza苺es ou na苺es. Flexibilidade maior tamb・ significa que diferentes participantes do processo de estrutura艫o da pol・ica externa s・ afetados pela Internet e pela revolu艫o da informa艫o de formas levemente diferentes. No ano passado, por exemplo, no auge do conflito de Kosovo, o Instituto p・e elaborar a minuta de uma confer・cia ?qual participavam diversos estruturadores pol・icos importantes dos B・c・, incluindo os presidentes da Bulg・ia e da Alb・ia, dispon・el para os estruturadores pol・icos de todo o mundo atrav・ de transmiss・ ao vivo. De fato, cada um falou simultaneamente para uma audi・cia regional nos B・c・, aliados da OTAN e estruturadores pol・icos de Washington.

Os estruturadores pol・icos do Poder Executivo est・ concluindo que a Internet auxilia a comunica艫o entre organiza苺es, entre as ag・cias que trabalham em aspectos diferentes da mesma crise. O correio eletr・ico, as Intranets e outras tecnologias similares circulam de forma r・ida e eficiente dados cr・icos e, o mais importante, permitem o compartilhamento de informa苺es n・ apenas entre os escrit・ios mais pr・imos entre si, mas tamb・ entre escrit・ios centrais e de campo do outro lado do mundo. O Decreto Presidencial 56, que convoca a coordena艫o entre ag・cias durante emerg・cias complexas, pode apenas ter sucesso em um ambiente de resposta em tempo real se as ag・cias fizerem uso da comunica艫o eletr・ica interna e externamente.

Tal uso e integra艫o eficientes dessas novas tecnologias, tanto por organiza苺es governamentais como n・-governamentais, ajudaram a enfraquecer as estruturas tradicionalmente burocr・icas. O enfraquecimento burocr・ico apresenta-se como desafio espec・ico para os diplomatas no exterior - especialmente na condu艫o da diplomacia. O custo decrescente da comunica艫o internacional, antes mesmo da Internet, marginalizou cada vez mais o papel diplom・ico tradicional dentro do pa・. ?mais f・il para um funcion・io do Departamento de Estado em Washington pegar o telefone e resolver assuntos com seu correspondente em Paris ou Cairo que aguardar at?que o diplomata no pa・ tenha cuidado do assunto.

Enquanto isso, os diplomatas no pa・, que tamb・ operam em ambiente de tempo real, s・ cada vez mais pressionados para a formula艫o de pol・icas imediatas ou o aparente desembara・ de riscos. Sem d・ida, a revolu艫o da informa艫o destruiu a linha que separava os que estavam no campo dos estruturadores pol・icos sediados em Washington. N・ apenas a revolu艫o melhorou drasticamente a quantidade e a qualidade das informa苺es dispon・eis para os diplomatas no campo, mas tamb・ proporcionou informa苺es cada vez mais precisas aos principais estruturadores da pol・ica externa, fortalecendo assim sua capacidade de delinear pol・icas que atendam efetivamente ・ necessidades em r・ida modifica艫o do mundo de hoje, p・-Guerra Fria. Entretanto, como ressaltado pelo ex-secret・io de Estado George Shultz em uma confer・cia sobre Diplomacia Virtual do Instituto em 1997, ainda necessitamos tanto de diplomatas no campo como de estruturadores pol・icos em Washington. A import・cia real agregada vem da for・ da conex・ entre eles.

P: De que forma a Internet est?mudando a forma de intera艫o dos governos entre si?

Solomon: Com o final da Guerra Fria e a amea・ da guerra nuclear global mais remota, o mundo enfrenta um futuro mortal menos imediato. O caminho para o futuro, entretanto, pode ser mais dif・il para navegar do que antes. Uma forma em que a Internet e a revolu艫o da informa艫o podem assistir os participantes internacionais para que viajem de forma mais segura por esse caminho ?atrav・ da formula艫o de atividades intra e internacionais transparentes. As novas tecnologias de informa艫o oferecem aos governos, por exemplo, uma oportunidade tremenda de educar e informar novos p・licos e audi・cias sobre posi苺es, pol・icas e atividades. O Instituto identificou esta oportunidade e tem estado na vanguarda do exame de formas para a reuni・ de praticantes de assuntos externos "on-line" - ou, como costumamos dizer, "virtualmente" - e da cria艫o de liga苺es eletr・icas entre as comunidades globais que compartilhem interesses na resolu艫o de conflitos internacionais.

Naturalmente, a transpar・cia total da parte dos agentes governamentais pode nem sempre ser do interesse nacional; entretanto, a explos・ das informa苺es dispon・eis ?um forte testemunho da efic・ia da Internet como instrumento de comunica艫o para participantes governamentais e outros internacionais. Sem d・ida, esta nova capacidade pode ser e est?sendo utilizada para preencher interesses espec・icos e atender diversas finalidades - embora nem sempre do interesse de cada Estado. Joseph Nye, reitor da Faculdade de Governo John F. Kennedy da Universidade de Harvard, e o almirante William Oven, co-CEO (funcion・io executivo chefe) da empresa de alta tecnologia Teledesic, definiram este uso do poder da informa艫o como o "poder suave", em distin艫o contr・ia ao poder forte ou coercitivo representado pelo seu poderio militar. O uso do poder suave pode variar de um governo que torna recursos informativos valiosos acess・eis ao p・lico na Internet at?o delineamento de uma a艫o particular de uma pol・ica ou atividade espec・ica. O poder suave permite que os governos retransmitam, de forma f・il e eficaz, informa苺es para indiv・uos que nunca visitar・ suas embaixadas, consulados, ou nem mesmo colocar o p?de outra forma nos seus territ・ios.

Mesmo assim, apesar do papel cada vez mais indispens・el desempenhado pela Internet ao facilitar a intera艫o e melhorar a qualidade e a quantidade da comunica艫o entre os governos e os seus cidad・s, bem como entre os Estados, ela nunca substituir?a import・cia exclusiva da comunica艫o interpessoal entre os Estados e outros participantes internacionais. De forma t・ surpreendente como t・ sido os avan・s nos ・timos dez anos, ao final, a Internet e todo o equipamento e programas que a mant・ em funcionamento ainda s・ meros instrumentos da a艫o humana.

P: O sr. v?alguma forma de sobreposi艫o sobre as restri苺es ?Internet impostas por pa・es como a China e a Birm・ia?

Solomon: Ningu・, nem aqui nos Estados Unidos, nem em nenhum outro lugar, deve subestimar o poder do livre fluxo de informa艫o atrav・ da Internet. Os esfor・s de pa・es como a China ou a Birm・ia para restringir a Internet ?sua vontade dificilmente sobreviver・ a longo prazo. A Internet foi projetada como sistema din・ico para compartilhar informa苺es com base em arquitetura aberta que, por sua natureza, ?quase imposs・el de restringir. Existem tantas formas em que os cidad・s podem conectar-se ?Internet, seja direta ou indiretamente, que a maior parte das barreiras reguladoras ou tecnol・icas ?incapaz de manter determinados indiv・uos fora da Rede. Al・ disso, a natureza din・ica da Internet n・ apenas resiste ao controle, mas sua infra-estrutura descentralizada mant・ sua regulamenta艫o al・ do escopo do governo com base territorial. Ela n・ pertence a nenhuma pessoa ou Estado, nem ?conduzida por nenhuma pessoa ou Estado. Ela existe em virtude de protocolos definidos que permitem a qualquer um que possua um PC e um modem unir-se ?comunidade global como um "cidad・ da Net" e, uma vez admitido, a condi艫o de membro ?dif・il de ser revogada.

O mais importante ?que, mesmo que o governo chin・ pudesse controlar o acesso ?Internet na China, ?improv・el que o fa・, no seu melhor interesse. Conforme ressaltado anteriormente, a informa艫o tornou-se um recurso valioso no mundo conectado de hoje para o sistema internacional. Da mesma forma que os Estados alavancaram por s・ulos seus recursos nacionais (desde po・s petrol・eros at?as mentes) para ganhar vantagem competitiva na arena internacional, informa苺es precisas e atualizadas s・ hoje reconhecidas como mercadoria internacional de igual valor.

Os governos necessitam repensar a forma e a raz・ de classificar as informa苺es como dispon・eis ao p・lico ou restritas. O governo norte-americano descobriu, por exemplo, que a divulga艫o de dados anteriormente classificados como remotamente observados atrav・ de sistemas de sat・ites orbitando sobre a terra provou ser inestim・el para organiza苺es internacionais e n・-governamentais que trabalhavam em zonas de crises, bem como mercadoria potencialmente lucrativa a uma ampla variedade de companhias nos Estados Unidos.

Pa・es como a China e a Birm・ia podem encontrar-se em distinta desvantagem pol・ico-econ・ica por limitarem a forma como suas pr・rias ind・trias e cidad・s usam de forma mais efetiva as novas tecnologias de informa艫o, como a Internet.

P: At?que ponto vai o impacto da Internet entre as elites da pol・ica externa em sociedades fechadas como a Cor・a do Norte?

Solomon: ?dif・il responder a quest・ de que esp・ie e quantidade de acesso t・ os membros de sociedades fechadas como a Cor・a do Norte. Como o acesso ?Internet permite m・tiplas formas de condu艫o, o acesso irrestrito ?Internet em sociedades fechadas pode obviamente ser bastante problem・ico para os seus governantes. Ainda assim, ?altamente improv・el que funcion・ios do governo de alto escal・ e as elites da pol・ica externa em pa・es como a Cor・a do Norte ou a China desconhe・m o poder da Internet ou sejam inteiramente retirados dela. Este conhecimento certamente influencia o seu comportamento na esfera internacional.

Sabemos que parte das informa苺es da Internet est?alcan・ndo pessoas em sociedades fechadas como a Birm・ia, China e Cor・a do Norte. Um relat・io rec・-publicado pelo Instituto e colocado ?disposi艫o em nosso "site" na Web descreveu a fome na Cor・a do Norte. Soubemos posteriormente que ele foi recuperado e circulou entre organiza苺es n・-governamentais (ONGs) que trabalham na Cor・a do Norte. Outro relat・io do Instituto sobre a situa艫o terr・el da S・via foi recuperado e reimpresso para distribui艫o geral pelos meios de comunica艫o s・vios independentes em Belgrado. De fato, dois jornalistas de duas diferentes revistas importantes de Belgrado ligaram para contar ao Instituto como ficaram encorajados ao saber atrav・ do relat・io que os norte-americanos eram capazes de reconhecer que nem todo o povo s・vio concordava com as pol・icas do regime de Milosevic.

P: De que forma os grupos e governos em todo o mundo est・ utilizando a Internet para aglutinar e mobilizar recursos para objetivos comuns de pol・ica externa?

Solomon: Um dos objetivos da Iniciativa de Diplomacia Virtual do Instituto ?o de auxiliar os praticantes de assuntos externos governamentais e n・-governamentais a entender como fazer o melhor uso das tecnologias atuais de comunica艫o e informa艫o, a fim de enfrentar os desafios de um mundo p・-Guerra Fria. Especificamente, um dos projetos mais estimulantes da Diplomacia Virtual sendo desenvolvido pelo Instituto ?um exame de como os governos e os participantes n・-governamentais podem trabalhar em conjunto para compartilhar informa苺es ?medida que se dedicam a crises humanit・ias complexas. O projeto est?examinando como participantes governamentais e n・-governamentais que talvez nunca tenham trabalhado juntos relacionam-se operacionalmente entre si ?medida que tentam resolver a situa艫o assustadora ?sua frente. Investigando uma s・ie de estudos casuais, estamos tentando identificar e desmantelar os obst・ulos que evitam que essas diversas entidades compartilhem e associem informa苺es de maneira eficaz com aqueles que possuem experi・cia operacional na administra艫o de crises, a fim de desenvolver mecanismos de troca de informa苺es que permitam aos participantes associar seus recursos, atendendo aos objetivos e limita苺es da sua pr・ria organiza艫o espec・ica ?medida que atendem a uma emerg・cia internacional complexa.

?um desafio particularmente assustador quando organiza苺es militares e n・-governamentais, algumas at?mesmo com base internacional, tentam trabalhar juntas em uma zona de conflito. Esta foi uma li艫o importante da nossa confer・cia de 1994, "A Administra艫o do Caos", que reuniu pela primeira vez membros da comunidade das ONGs, estruturadores pol・icos norte-americanos e internacionais e membros das For・s Armadas para discutir os desafios do trabalho conjunto no campo em emerg・cias humanit・ias complexas. Ironicamente, descobrimos que o maior obst・ulo que inibe esses participantes da distribui艫o e associa艫o f・il de recursos de informa苺es n・ era t・nico; ao contr・io, eram suas pr・rias e respectivas diferen・s, protocolos e restri苺es organizacionais internas.

P: Quanto tempo o sr. acha que levar?para que as organiza苺es de cidad・s comuns internacionais que buscam ter impacto sobre a pol・ica externa dos Estados Unidos sejam capazes de utilizar a Internet ao m・imo poss・el?

Solomon: A capacidade dessas comunidades virtuais de "cidad・s da Rede" em fazer press・ sobre os governos ou outros participantes internacionais atrav・ de campanhas na Internet e por correio eletr・ico j?provou ser eficaz em diversas ocasi・s. A mais famosa ?de longe a vitoriosa campanha via Internet para banir as minas terrestres - que ganhou o apoio da comunidade internacional e o Pr・io Nobel da Paz. Outro exemplo - tema de um estudo financiado inicialmente pelo Instituto - ?a vitoriosa campanha dos ativistas cibern・icos, compostos de estudantes universit・ios e membros da Di・pora Birmanesa, para persuadir a comunidade de Massachusetts a boicotar as empresas norte-americanas que fazem neg・ios tanto em Massachusetts como na Birm・ia. Seu objetivo foi, e ainda ? o de apoiar o movimento pr?democracia na Birm・ia. O boicote de Massachusetts foi, entretanto, em oposi艫o direta ?pol・ica externa dos Estados Unidos em rela艫o ?Birm・ia naquela ・oca.

Embora a quest・ de se a legisla艫o posta em vigor por Massachusetts desrespeitou a Constitui艫o dos Estados Unidos esteja agora perante o tribunal federal, existem poucas d・idas sobre o papel desempenhado pela Internet ao levantar o perfil deste tema aos olhos de muitos em Washington. Conforme ressaltado em um recente artigo de Assuntos Externos, a coloca艫o em vigor da lei em Massachusetts e a subseq・nte aten艫o gerada pela Internet ・ rela苺es entre os Estados Unidos e a Birm・ia fez com que os estruturadores pol・icos norte-americanos ajustassem suas posi苺es anteriores devido ?crescente opini・ p・lica internacional. O epis・io demonstra que a Internet alterou para sempre o poder dos cidad・s da Rede em influenciar o desenvolvimento da pol・ica externa dos Estados Unidos sem nunca terem mesmo colocado o p?na capital nacional.

P: De que forma a agenda do USIP est?centralizada em assuntos relacionados ?Internet e ?estrutura艫o da pol・ica externa?

Solomon: O Instituto Norte-Americano da Paz pratica o que prega. Em outras palavras, o Instituto utiliza ativamente as novas tecnologias de informa艫o e comunica艫o para educar e tornar dispon・eis aos cidad・s de todo o mundo os recursos de pesquisa e outros de informa艫o produzidos pelo Instituto que abordam conflitos locais, regionais e internacionais. Por exemplo, a Cole艫o Digital de Acordos de Paz do Instituto, dispon・el em nosso "site" na Web, www.usip.org, busca ampliar estudos comparativos sobre abordagens das resolu苺es de paz, com aten艫o especial para temas como refugiados e popula苺es deslocadas, anistia, reforma militar e desmobiliza艫o de for・s militares. Essa cole艫o on-line permite que negociadores e outros indiv・uos interessados comparem experi・cias diferentes envolvendo conflitos diferentes e reflitam sobre as li苺es, aplicando-as ・ suas pr・rias situa苺es.

Tamb・ estamos utilizando novas tecnologias multim・ia para expandir para al・ de Washington D. C. a audi・cia dos eventos e palestrantes convidados do Instituto. Em fevereiro de 2000, durante a primeira transmiss・ ao vivo totalmente produzida pelo Instituto, as audi・cias globais foram convidadas a comparecer virtualmente ao evento e encorajadas a enviar perguntas ao painel. Uma das quest・s recebidas durante a transmiss・ foi de um espectador na Mong・ia - uma excelente ilustra艫o de como as organiza苺es podem fazer uso da Internet para atingir novas audi・cias e proporcionar recursos educacionais que v・ muito al・ das paredes f・icas de suas respectivas institui苺es. Isso representa uma tend・cia que ao final ir?provar ser de grande utilidade para indiv・uos nos setores privado, p・lico e sem fins lucrativos, independentemente do idioma que falem ou da regi・ que chamem de lar.

(Para maiores informa苺es sobre a Iniciativa de Diplomacia Virtual do Instituto, entre em contato com os Diretores de Diplomacia Virtual Sheryl Brown ou Margarita Studemeister em [email protected]. Os relat・ios e resumos de confer・cias da Diplomacia Virtual no texto acima podem ser encontrados on-line no endere・: http://www.usip.org/oc/virtual_dipl.html.)

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